
Os benefícios da atividade física para a saúde mental.
Além de ajudar no bem-estar físico, fazer exercícios contribui para a saúde mental. Isso significa uma melhoria na qualidade de vida e mais disposição para realizar as tarefas do cotidiano.
Você já deve conhecer alguns dos inúmeros benefícios da atividade física para saúde, como o fortalecimento muscular, o aumento da capacidade cardiopulmonar e o bom funcionamento e desempenho dos órgãos, por exemplo.
No entanto, você sabia que as atividades físicas proporcionam também inúmeros benefícios para a saúde mental? Sabia que esses benefícios refletem diretamente na autoestima e ainda na qualidade de vida da pessoa, significando melhor disposição, concentração e desempenho profissional?
Para que você conheça um pouco mais sobre os benefícios das atividades físicas para a saúde mental, destacamos os pontos a seguir:
1) Diminuição do risco de doenças
A prática regular de atividades físicas proporciona a redução dos níveis dos hormônios estressantes, como a adrenalina, a noradrenalina e o cortisol. Isso significa o aumento da autoestima, a diminuição da insatisfação, da depressão e da ansiedade.
Além disso, libera a endorfina (conhecido como o hormônio da felicidade), que promove a sensação de bem-estar, euforia e alívio. Libera também a dopamina, uma espécie de tranquilizante e analgésico natural.
Tais alterações proporcionam uma sensação relaxante de longo prazo, a qual contribui significativamente para um estado de equilíbrio psicossocial e emocional mais estável para enfrentar situações estressantes do cotidiano.
2) Memória mais ativa
O aumento da capacidade aeróbica tem relação direta com a melhoria das funções cognitivas, contribuindo para a integridade do cérebro e do sistema cardiovascular, o que otimiza o tempo de reação e a amplitude da memória.
Estudos mostram que idosos que praticam atividades físicas, como caminhar 3 vezes por semana durante 1 hora, têm uma melhora significativa na atenção, na memória, na agilidade motora e no humor.
À medida que envelhecemos, crescem os riscos de contrair doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer. Porém, ao praticar exercícios físicos, principalmente entre os 25 e 45 anos, conseguimos aumentar as substâncias químicas do cérebro que previnem a degeneração dos neurônios do hipocampo.
A influência positiva sobre a memória pode decorrer, também, de uma melhora da qualidade de sono. Sabe-se que o sono não apenas ajuda a acessar a informação como também modifica a forma como ela é acessada. Isso torna o cérebro mais flexível para reter informações (ou em sua capacidade de acessá-las de outras formas) e também o torna melhor em extrair as partes mais importantes delas. Desta forma, além de sua influência direta sobre a memória, a atividade física influencia indiretamente, por meio do sono.
3) Dormir melhor
O exercício físico pode proporcionar a liberação de hormônios que influenciam no ciclo sono-vigília, o que significa dormir melhor. Isso faz com que a pessoa passe a ter mais disposição para o dia a dia, o que favorece também a estabilidade do humor.
Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação combinada de diversas substâncias químicas no nosso cérebro.
E entre as mais importantes estão a adenosina e a melatonina, duas substâncias com um papel muito ativo na regulação do sono.
A adenosina é um produto secundário do consumo de energia pelo corpo. Os cientistas pensam que a ela se vai acumulando no nosso corpo ao longo do dia, gerando a sensação de cansaço e sonolência que marca o início do processo do sono, sendo depois removida enquanto dormimos, para acordarmos frescos como alfaces! É por isso que adormecemos mais facilmente depois de um dia cansativo e porque nos sentimos cansados quando não dormimos o suficiente!
Um dos mais fortes indícios deste papel da adenosina, é a sua competição com a cafeína. A cafeína liga-se aos mesmos recetores do cérebro que a adenosina, impedindo-a de atuar, o que explica porque é que a cafeína pode impedir-nos de adormecer. Imagine que colocamos chiclete numa fechadura cuja chave é a adenosina; acabamos por conseguir abrir a porta, mas só depois de umas horas limpando a fechadura.
A melatonina, por seu lado, é uma hormona produzida pela glândula pineal, uma estrutura no interior do cérebro. A presença de melatonina no cérebro inibe o estado de alerta e contribui para que o sono se instale.
A produção de melatonina é extremamente sensível à luz: é estimulada pelo aproximar da noite, mas é inibida logo que a retina deteta luz. A mais pequena luminosidade já reduz a produção de melatonina, o que explica porque começamos a acordar quando o sol nasce, ou porque há pessoas que só conseguem adormecer em completa escuridão.
4) Melhoria da autoestima
Se exercitar regularmente contribui com o alcance de metas, como a perda de peso e a tonificação dos músculos, o que favorece a construção e a otimização da autoestima. Além disso, uma melhor percepção de si mesmo, aliada à autoestima elevada, consequentemente ajuda na saúde emocional. Com isso, os relacionamentos também podem melhorar muito. Por conta da autoconfiança, você poderá se sentir mais à vontade para se aproximar das pessoas.
5) Envolvimento social
Exercícios físicos oferecem a oportunidade de envolvimento social, principalmente na fase adulta e terceira idade. Com a vida profissional e afetiva mais estáveis, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades e manter vínculos prazerosos no cotidiano se tornam cada vez mais difíceis.
Desse modo, a prática esportiva auxilia no envolvimento social, seja através de novos vínculos na academia, seja por meio de grupo de pessoas com interesses em comum. Ainda pode servir para resgatar amizades para uma partida de futebol, uma corrida, ou também uma caminhada no bairro, por exemplo.
6) Desenvolvimento de habilidades emocionais
Assim como na vida cotidiana, no esporte também somos testados quanto aos nossos limites e capacidade de superação. Desenvolvemos a dedicação e a disciplina, e aprendemos a lidar com as derrotas e as vitórias. Saber trabalhar bem com os êxitos e com os fracassos é uma grande conquista.
Ainda não existem pesquisas conclusivas e que demonstrem qual é a melhor atividade física. Por isso, é importante escolher a que seja mais prazerosa. Vale lembrar que a prática de 30 minutos, 3 vezes por semana, já oferece resultados a curto prazo.
Lembre-se ainda que não é necessário realizar um esporte específico ou fazer grandes investimentos. O mais importante é dar o primeiro passo e se exercitar. Na ausência de recursos financeiros, opte por caminhadas, academias ao ar livre, corridas, entre outros. Independente do peso, idade ou sexo, o fundamental é buscar ações que ajudem a aumentar a percepção positiva e a autovalorização, as quais trazem inúmeros benefícios para as saúdes física e mental
Como se vê, a atividade física está longe de atender simplesmente o desejo de ganho de massa muscular e questões estéticas. Sem qualquer desprezo pelas questões e desejo de orcem estética, a atividade física proporciona outros importantes ganhos, inclusive na área da saúde mental.
FONTE: Comitê de MundoPsicologos
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